domingo, 13 de novembro de 2011

Águas Dançantes de Orlando Orfei na estrada

por David Avelar
O número que encantou o mundo, as Águas Dançantes de Orlando Orfei, na interpretação da Cavalaria Ligeira, de Franz Von Suppê, já estão a caminho do Circo do Tititi, que estreiou em Bento Gonçalves nesta sexta feira (11). Depois de uma revisão de 3 semanas, realizada nas oficinas de Nova Iguaçu, pelos técnicos David Avelar (60) e António Moura (59), que acompanham Orfei há 37 anos e pelos assistentes Carlinhos e Adilson de Mesquita. Esta é a sétima reforma, efetuada por nós em 37 anos. As águas dançantes inventadas por Otto Przystawik em 1930, que encantaram gerações, vão continuar sua missão de levar alegrias às famílias que freqüentam os circos. Agora interpretadas por seu filho Mário Orfei (60) que assim como o pai é músico violonista e sabe como ninguém extrair das notas musicais de Von Suppê e sua Cavalaria, todas as nuances de um grande espetáculo.
- Foi um caso de amor à primeira vista, Após a guerra assisti a uma apresentação e logo imaginei a música certa, para interpretar. Lembrei que a paguei em duas semanas de folha. Foi um grande negócio, lembra Orfei (91). Agora sabemos que mais do que uma transação de compra, foi o casamento prefeito para o número, que durante 60 anos encerrou o espetáculo do Circo Orlando Orfei.
Se você não se lembra, disponibilizamos dois links no You Tube.

Orlando Orfei em 2006

Otto Przistawik, o inventor. Stuttgart, Alemanha 1930
Mário Orfei  que segue a tradição.
Segunda reforma no Brasil em 1978. O jovem Antonio Moura.


O assistente Carlinhos na limpeza de 3.000 bicos
O eletricista Adilson de Mesquita. Duas reformas.

Reforma de 2006. Anderson e António Moura.

Reforma de 2006. David Avelar

Implantação do sistema aéreo de iluminação. 30 kwatts. 1 tonelada.

Bombas originais Bauchnet, de 1930. 1.8 hp, 380 volts. Contrôle dos motôres assincronos, por rotor em curto

As Águas Dançantes estão sendo transportadas pelo companheiro Chapéu, que está na companhia há mais de 30 anos. Excelente camioneiro, grande pai e grande amigo. Boa Viagem! (in memoriam)

domingo, 6 de novembro de 2011

Mestre dos circos Orlando Orfei estende sua lona em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense

por David Avelar
Matéria do Jornal Extra
Não poderia deixar de ser. Eletícia Quintão. Exemplo de repórter. Correu atrás. Encheu o saco de todos.  Até o Alberto Aquino fez "lobby" na festa do Cláudio Moura. Pois bem. Conseguiu fazer uma das melhores matérias com Orlando Orfei. Parabéns amiga. Vc merece.
Orlando Orfei em entrevista ao Jornal Extra. Foto: Thiago Lontra

Clique aqui para ler matéria...

domingo, 2 de outubro de 2011

O 10º ENCONTRARTE terminou homenageando Orlando Orfei

 por David Avelar
Parecia uma cena Felliniana. Orlando Orfei, eu e Isa Orfei, minha comadre, fomos recebidos pelos amigos do ENCONTRARTE. O ambiente arquitetônico do SESC em tijolo aparente, acolhia na praçinha, um ar de mistério e magia, luzes e bolas coloridas, digno dos bulevares artísticos do Queens, do SoHo, do Rossio em Lisboa, ou mesmo da Pigalle parisiense, onde artistas encontram-se, para promover suas artes, misto de vocação e diversão. Sabem porquê? O artista ama sua arte. Passa fome, é obrigado a estar sempre experimentando e treinando novas técnicas. É rejeitado por aquele que deveriam proteger a sua arte. Mas não desiste! Assim passamos uma hora bucólica. Encontramos amigos, políticos, empresários, jornalistas, atores, sindicalistas, povo e as crianças disputando as delícias servidas pelos organizadores. Pipoca, mini-pizzas, salgadinhos, refrigerantes, enfim...
Muitos pousaram para fotos com o mestre. Bornier e Maguila, Bernardete Travassos, Ferreirinha, Fernando Cid,  Durval Meireles, Anderson Batata, Jorge Coutinho, Jorge Gama, André e Leila, queridos amigos que não via há anos, com sua filhinha. Verônica e família, Silvia Regina e o maridão. Vitor, Reginaldo, Marcele. Muita gente conhecida. No palco rola a magia. Entre o público, pernas de pau, palhaços. Destaque para um aluno portador de deficiência, do Ciesp- Centro Integrado de Educação Especial Castorina Faria Lima, aluno do Professor Wanderley, na década de 80 e colega da Soraia, filha da Francisca e Locatelli, colegas do circo, hoje palhaço.
E começa, dentro do teatro do SESC, a cerimônia de entrega dos troféus e encerramento da 10ª edição do ENCONTRARTE. O evento tem inicio com o documentário produzido pela Art-Vídeo.  Sobem ao palco, animados pela maravilhosa bandinha Águias de Mesquita, e recepcionados pelo palhaço do Circo Roda Brasil,  Ronaldo Aguiar o palhaço Inadequado, protagonista do espetáculo “DNA”.  Getúlio Nascimento do grupo Ciclomáticos, como palhaço cantor, acompanhado por Alisson Casanova ao violão. Acrobatas, o mágico Wagner e a partner Nívea Nascimento, elegantemente vestida, Dança da Valéria Brito, lembra as coristas que abrilhantam os números circenses. Os homenageados recebem um lindo troféu em forma de cata-vento. A família do palhaço Carequinha, sobe ao palco junto com a representante da Petrobrás, Regina Studart,  da Incubadora Rio Criativo, do Governo do Estado, Fernanda Buarque e o ex deputado federal Jorge Gama. Anderson Alves, secretário de cultura da Prefeitura de Nova Iguaçu,  representando a prefeita Sheila Gama, o projeto Circo Baixada e Orlando Orfei.  Foi uma noite memorável recheada de arte e homenagens e um teatro lotado, receptivo e ansioso pela
11ª edição. Anderson Marques, o palhaço Pompeu, homenageia um grande amigo do ENCONTRARTE, Caique Botkay. Vai a alegria, dá vez à melancolia, com a certeza do dever cumprido desses 5 abnegados fundadores do ENCONTRARTE, Claudina Oliveira, Éverton Mesquita, Fábio Mateus, Mário Marcelo e Tiago Costa.
fotos: Marcele Pontes
















ENCONTRARTE NO FACEBOOK

Cobertura de Márcia Villanova para o Jornal de Hoje


domingo, 25 de setembro de 2011

Orlando Orfei homenageado no ENCONTRARTTE

 por David Avelar
O saudoso e querido amigo, arquiteto Sérgio Bernardes dizia que o homem é um gerador de expectativas. Orlando Orfei sempre nos ensinou que as coisas mais belas, são simples e puras, O que vimos hoje, foi uma vigorosa demonstração de amor à arte concentrado no palco do SESC - Nova Iguaçu. Não precisa dizer que somos críticos por natureza. Orfei foi criticado quando perguntou ao Faustão, se devia julgar os concorrentes como profissional. Pois como profissional de circo não iria ser hipócrita de elogiar o empírico. 37 anos de convivência e ainda respeito a sinceridade pura e simples deste homem que aplaudiu com vigor o espetáculo DNA. Não fez mais do que sua obrigação de grande homem humilde. Nós três, eu português, Herta Herling nata da terra da valsa, Austria e Orfei italiano, bolonhês, amantes das artes, nos vimos no palco, junto com os artistas. Em nossas andanças por "esse mundo de Deus!", éramos convidados para todo o tipo de espetáculo. Hoje descobrimos em Nova Iguaçu, RJ, Brasil, o desabrochar do amor às artes de uma forma inusitada, digna ds grandes companhia do Off Broadway,  ou lá que o seja. Quantas vezes enfrentei o frio de Nova Iorque para assistir os famosos shows da Brodway. Quantas vezes, eu e minhas filhas viajamos no mundo imaginário do Momix, do Corpo, da Débora, da Tereza. Entrosamento total entre som, luz, vídeo digital, cenografia, dança, mímica, interpretação e artes circenses, o que levou a escrever este artigo. ODE AO BELO.  Mas esta relação de amor amadureceu na cabeça destes jovens, Tiago Costa, Mário Marcelo, Fábio Mateus, Éverton Mesquita e Claudina Oliveira. Juntos desde 2002. No blog da APAE, da qual Orfei é Amigo especial, www.apaenovaiguacu.blogspot.com, conto como fomos recebidos pelo amigo de estrada, Marcos Frota e seu UNICIRCO. Que venha o Marcos, que também tem um belíssimo espetáculo, ver o que Nova Iguaçu tem. Hoje senti a emoção viva que estava sedimentada pelo passar dos anos de uma época áurea, do Circo Orlando Orfei. Hoje minhas expectativas de ver um espetáculo puro simples e belo, foram satisfeitas. Foi a grata surpresa.
Foto de Marcia Guimarães

Foto de Marcia Guimarães









sexta-feira, 22 de abril de 2011

Surge uma preciosidade. Orlando Orfei e a Liz Taylor

Precisa palavras para definir esta imagem. Atrevo-me a legendar esta foto pois é uma homenagem póstuma a uma grande atriz. Ao mesmo tempo um retrato atemporal de relacionamentos do homem que percorreu o mundo levando a alegria e sendo respeitado por todos. (David Avelar).

segunda-feira, 14 de março de 2011

Vídeos antigos postados pela RAI e os ingressos da primeira temporada

Il numero di leoni di Orlando Orfei nel 1959!!! (1)





Il numero di leoni di Orlando Orfei nel 1959!!! (2)



                                            Curiosidades
Os ingressos do circo na 1ª Temporada no Maracanãzinho, com data de 28 de abril de 1968,  já viraram objeto de colecionadores


Vídeos de Orlando Orfei no YouTube

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terça-feira, 1 de março de 2011

Orlando Orfei - Tema do desfile na G.R.E.S Palmeirinha, Via Light, em Nova Iguaçu







Os altos e baixos na vida de um homem de circo

Documentário sobre Orlando Orfei revela a glória e o declínio do domador
POR GUILHERME SCARPA

 Jornal O DIA 28 de  setembro de 2011

Rio - Sylas Andrade ficou doido quando descobriu o acervo do domador de leões e ícone circense no Brasil, Orlando Orfei. “Ele inaugurou a era dos grandes circos”, lembra o cineasta, que, para resgatar a memória do artista, está rodando o documentário batizado de ‘Orlando Orfei, o Homem do Circo Vivo’.
Aos 91 anos, o italiano Orlando Orfei, que vive no Brasil desde 1968, leva uma vida mais modesta do que aquela de seus tempos de glória. “Ele está com Alzheimer e vive em Nova Iguaçu. Ao longo da vida, foi parar no hospital 63 vezes por conta de acidentes. Normalmente, um domador muda de profissão. Mas ele, não. Seu declínio começou quando proibiram os animais no circo”, explica Sylas.

Foto: Divulgação

No longa, ele revela curiosidades sobre Orfei, que trabalhou como dublê no cinema italiano e também foi dono do Tivoli, parque de diversões que fez muito sucesso nos anos 80 e ficava em plena Lagoa. “Tem gente que não o conhece. Observei que o cara era grande há 25 anos e hoje ninguém fala dele. Fiquei impressionado com os altos e baixos da vida. É difícil se sustentar na mídia. Mas o entretenimento do Rio deve muito a ele”, afirma Sylas.
Quem assina embaixo é o ator Marcos Frota, que também possui seu próprio circo e se inspirou no artista. “Na Globo, Orfei é considerado referência de uma grande presença em cena”, revela Marcos no depoimento que filmou para o documentário. “O Marquinhos também diz que só tem o circo dele por causa do Orfei”,

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Documentário sobre a vida de Orlando Orfei

O domador Orlando Orfei terá sua vida contada, num documentário produzido por Sylas Andrade, da Camera 2 Filmes. Sylas já produziu diversos trabalhos. O curta, "É o bicho" mostra a nova realidade dos morros cariocas. com Joel Barcellos, foi rodado em 2001, na favela do Pinto.
Agora o produtor dedica-se a coletar uma série de depoimentos de amigos, acervo pessoal do artísta e coletânea de programas da mídia, para mostrar a vida daquele que encantou 3 gerações com seu circo e sua arte inédita de domar. 
A notícia já está repercutindo, tanto na Itália, como no Brasil.
http://www.aarffsa.com.br/noticias2/24011146.html

Orlando Orfei dá entrevista a Sylas Andrade (Matéria de "O Globo" de 24 de janeiro de 2011)
Aviso aos navegantes: Orlando Orfei está vivo, (90) mora em Nova Iguaçu, é cidadão iguaçuano e vai desfilar na escola de samba Palmeirinha, que o escolheu como enrêdo deste ano, na segunda feira de Carnaval, na Via Light, em Nova Iguaçu. 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Orlando Orfei – O apóstolo da paz

Por David Avelar
Orlando Orfei é o fruto, de 5 gerações de circenses que começa e 1820, quando um padre, Paolo Orfei, seu bisavô,  largou a batina por amor.
Infância.
                          Orfei nasce a 8 de julho de 1920, em Riva del Garda, comuna italiana da região do Trentino-Alto Ádige, província de Trento, hoje com cerca de 15.246 habitantes e é iniciado nos picadeiros, como palhaçinho aos 5 anos. Num esquete, ele é o bebê que sai de dentro da calça do irmão Páride. Orfei não se conforma em ser apenas palhaço. Foi equilibrista, malabarista e mágico aos 16 anos. A fase de equilibrista termina quando uma espectadora pergunta o que aconteceria se ele espirrasse no arame, a 10 metros de altura.
                                 Logo Orfei torna-se sócio do irmão e começa a ascensão ao sucesso.
O inventor.
                          Foram muitas as inovações que o tornaram uma lenda entre os circenses. Quando a propaganda era feita com folhetos manuais, ele inventa o out-door, ou seja o cartaz de quatro folhas, enfrentando o irmão que era contra. Quando as lonas de circo eram fabricadas de algodão, pesadíssimas, caras e perigosas, ele encomenda ao seu amigo Cannobio, uma lona de plástico. Chacota entre os colegas que acham que os vapores da respiração dos espectadores, ao se chocar com a lona fria, iriam criar gotículas de água. O auge da temporada circense, acontecia no inverno, quando as famílias sem terem outra diversão, iam ao circo. Mas era muito frio. Orfei adapta caldeiras a diesel e injetava ar quente dentro da lona.
O domador.
                          Sua carreira como domador acontece, mais por necessidade, do que por vocação. Cansado das exigências de um domador alemão, Orfei decide enfrentar as feras. Logo percebe que tem uma empatia espacial com os animais. É inteligente o bastante para transformar um espetáculo grotesco, num show de humor e demonstração de amizade. Isto vai ser sua marca registrada.
                          Como domador, descobre que pode aproveitar as manhas e os dotes individuais de cada leão e transformar aquela demonstração de força num espetáculo, onde interage com os animais dando a impressão que fala com eles. Senta neles, faz a barba com a ponta do rabo de um, ralha face a face com outro, abraça uma leoa, deita na cama com sua amada Elza. Coloca no castigo outro, que invés de subir na banqueta, tinha a mania de simplesmente repousar a cabeça na plataforma.
                 Mas o momento mágico, era quando todos os leões sentavam nas banquilhas,  a seu comando, ficando uns dois metros acima dele.
                          Não satisfeito em domar leões, Orfei adestra hienas. A mordida mais forte dos carnívoros. Extremante rápida, forte e com um grito assustador, a hiena era um sucesso. Orfei cria o número, leões cavaleiros, colocando na jaula presa e predador.
No final da década de 50, já surgiam grandes circos do clã Orfei. Moira Orfei, Liana Orfei, Nando Orfei, etc. 
As águas dançantes.
                          Orfei adquire o número das Águas Dançantes e passa a ser o melhor interprete, com a Cavalaria Ligeira, de Franz Von Suppê. Com este número encerrava o espetáculo. As Águas Dançantes era o número mais aplaudido e inesquecível, pela sua beleza plástica, de som, luz e movimentos aquáticos. 
O ator.
                          Em 1961, é convidado pelo diretor Carlo Ludovico Bragaglia para ser stunt no filme “Ursos no vale dos leões” estrelado por Ed Fury e Moira Orfei sua sobrinha. Um verdadeiro clássico do cinema italiano.
A viagem para o Brasil.
                         Em 1968, decide aventurar-se em terras brasileiras e estréia, no Maracanã e no Ibirapuera. O sucesso foi imediato. Ao contrário de outros domadores, que entram na jaula com cadeiras, chicotes e fisgas, Orlando entrava sem nada nas mãos. De vez em quando pegava o chicote para impressionar e somente para manter a tradição. Orlando é um tradicionalista. Nunca abandonou o Circo tradicional com picadeiro, de 12 metros, entre mastros e coberto de serragem. Ele é o criador da frase: Circo, circo, para enfatizar sua paixão pelo circo de raízes. A partir daí o sucesso foi estrondoso. Logo, montou o circo de lona em São Paulo e o Circo Orlando Orfei, torna-se um dos maiores circos do Brasil, junto com os circos Garcia, Tihany, Bartolo, Di Napoli e  Stankowich.
                               Decide radicar-se definitivamente no Brasil.
                      A cidade escolhida para ser a sede latino-americana das empresas de diversões, foi Nova Iguaçu, em 1970. Ali se encontram até hoje, as oficinas e o material de manutenção.  O Circo Orlando Orfei apresentou-se 4 vezes em Nova Iguaçu. Duas ao lado do Corpo de Bombeiros, na avenida Roberto Silveira, uma em Juscelino, na av. Getúlio de Moura e outra no Luna Park, na Estrada Plínio Casado na Prata.
Tivoly Park, O sonho realizado.
                             O Tivoly Park, foi um sonho que tornou-se realidade  Montar o maior parque da América Latina. Ali de 1972 a 1995, o parque foi recreação de duas gerações que até sentem saudades lembram com carinho, das tardes e noites à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas. Mesmo assim, como acontece com frequência no Brasil, as autoridades, mesmo contra is protestos populares, revogaram a concessão. Nunca mais os Rio de Janeiro teve um parque que reunia em torno de 15.000 pessoas num domingo.
O Luna Park em Nova Iguaçu
                          Em 1986 decide investir na Baixada Fluminense, criando o Luna Parque, na estrada Plínio Casado.  Em pouco tempo era a melhor diversão da família Iguaçuna. Ali aconteceram grandes festivais, como “ O Luna Rock” e os  Festivais de Quadrilhas  de Roça . Apaixonado pela vida, Orlando Orfei tem seis filhos, resultado de três casamentos. O último com a atual esposa e companheira Herta Orfei, amor de sua vida.
O Circo e o parque na mídia.                       
                 Tanto o circo como o parque eram pano de fundo para locações de diversos eventos artísticos  Novelas, jornalismo, entretenimento, filmes, discoteca, aniversários, etc. Em 1990, é convidado pela Rede Manchete a atua como pai de Ana Raio, Um circense de nome Walter Estrada, na novela de mesmo nome, direção de Jaime Monjardim.
Atividades         
Orlando Orfei é domador, pintor, escritor, dublê de cinema e televisão, empresário, diretor circense e músico, apesar de não poder tocar mais já que teve um acidente com uma de suas leoas onde perdeu a articulação de um dos dedos. Na pintura teve suas obras reconhecidas como herdeiras da arte alemã por especialistas. Durante anos, a pedido de seu amigo o Cardeal Falani, suas telas estiveram expostas na Sala Antoniana, uma das mais importantes galerias de Roma, tutelada pelo Vaticano.
Acidentes com animais 
Orfei foi atacado mais de 60 vezes. A mais perigosas aconteceu em Mogi das Cruzes, onde os leões brigam por um femea que está no cio, em pleno espetáculo. Orfei acaba no meio dos leões e á salvo pelo sobrinho, Federico Orfei, que consegue tirá-lo da jaula. Foi internado e levou 160 pontos no torax. Em 1978, ao viajar em turnê para a Itália, perde parte de um dedo da mão direita, resultado de um descuido no desembarque dos leões. Mas o que mais afetou a vida do homem de porte atlético, foi um AVC, em 1990, na cidade Guayaquil, no Equador.
Homenagens
                             Orfei coleciona uma série de homenagens. Foi recebido pelos Papas, Pio XII, Paulo XVI e João Paulo II. Mas foi o Papa João XXIII, que ao recebê-lo 5 vezes disse-lhe, - Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo, a alegria, às famílias cristãs. Foi condecorado pelo Governo Italiano como Cavalheiro Oficial da República. No Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia, é cidadão honorário. Recebeu o titulo de Cidadão Carioca pelo município do Rio de Janeiro e de Cidadão Iguaçuano, por Nova Iguaçu em 2010.
Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural, da Cultura, em 2012. mas a maior das homenagens acontece pelas redes sociais, ou mesmo anônimas que publicam vídeos e até composições musicais. A mais pitoresca é um hip hop em que o DJ utliza frases, utilizadas por Orlando Orfei no espetáculo e mixa com Thecno music. 
A paz do velho leão
                          Mas a vida agitada, ficou para trás. O circo encerrou suas atividades em 2008. E, de todos os lugares do mundo, onde Orfei poderia repousar, ele escolhe a amada casa em Nova Iguaçu. Sempre acompanhado do Lobo, um pastor alemão manto negro, que o acompanha para onde for, ele dedica-se, à sua família, a ler e a escutar música clássica. De preferência com os velhos cantores de ópera. Beniamino Gigli, Amelita Galli, Leoncavallo, Caruso. Um tom bucólico reveste sua aura. O velho domador agora descansa, certo que cumpriu o seu dever. Para ele e verdadeira recompensa são os aplausos. Alheio às agruras do dia a dia ainda escuta-os ecoando no fundo do seu coração.


David Avelar, Dilma Russef, Herta Orfei e Orlando Orfei
Orkando Orfei e o Papa João XXIII
Com a atriz Claudia Cardinale e o filhos, Mário, Alberto e Viviane.

Elizabeth Taylor e Orfei



Raríssimo cartaz do Filme "Ursus en el Valle de los leones" Onde Orfei foi dublê de Ed Fury.

Jornal Italiano "La Domenica del Corriere", capa. Orfei com o Papa João XXIII.

O abraço que virou símbolo de amizade entre domador e animal


Em São Paulo com o  diretor italiano Roberto Rossellini

No comando das Águas Dançantes

Em Rimini com sua amada leoneza Sofia