terça-feira, 1 de março de 2011

Os altos e baixos na vida de um homem de circo

Documentário sobre Orlando Orfei revela a glória e o declínio do domador
POR GUILHERME SCARPA

 Jornal O DIA 28 de  setembro de 2011

Rio - Sylas Andrade ficou doido quando descobriu o acervo do domador de leões e ícone circense no Brasil, Orlando Orfei. “Ele inaugurou a era dos grandes circos”, lembra o cineasta, que, para resgatar a memória do artista, está rodando o documentário batizado de ‘Orlando Orfei, o Homem do Circo Vivo’.
Aos 91 anos, o italiano Orlando Orfei, que vive no Brasil desde 1968, leva uma vida mais modesta do que aquela de seus tempos de glória. “Ele está com Alzheimer e vive em Nova Iguaçu. Ao longo da vida, foi parar no hospital 63 vezes por conta de acidentes. Normalmente, um domador muda de profissão. Mas ele, não. Seu declínio começou quando proibiram os animais no circo”, explica Sylas.

Foto: Divulgação

No longa, ele revela curiosidades sobre Orfei, que trabalhou como dublê no cinema italiano e também foi dono do Tivoli, parque de diversões que fez muito sucesso nos anos 80 e ficava em plena Lagoa. “Tem gente que não o conhece. Observei que o cara era grande há 25 anos e hoje ninguém fala dele. Fiquei impressionado com os altos e baixos da vida. É difícil se sustentar na mídia. Mas o entretenimento do Rio deve muito a ele”, afirma Sylas.
Quem assina embaixo é o ator Marcos Frota, que também possui seu próprio circo e se inspirou no artista. “Na Globo, Orfei é considerado referência de uma grande presença em cena”, revela Marcos no depoimento que filmou para o documentário. “O Marquinhos também diz que só tem o circo dele por causa do Orfei”,

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