Por David Avelar
Neste domingo, mais de 200 amigos de
Orlando Orfei(93), voltaram a ser crianças.
A festa aconteceu na Universidade do
Circo, do empresário, ator e trapezista Marcos Frota (57), que promoveu a
avant-première do documentário “Orlando Orfei, o homem do circo vivo”. Produzido
pela Camera2 do premiado diretor Sylas Andrade, o filme de 85 minutos está
divido em duas partes: até 1968, quando Orfei veio ao Brasil, com o Festival
Mundial do Circo e os 45 anos de permanência no Brasil. Os depoimentos de irmãos,
filhos, sobrinhos e circenses que ainda mantém a tradição do circo vivo na Itália, emocionaram
a todos os presentes. Apesar de Orfei ter voltado diversas vezes à terra natal
durante estas 4 décadas, nota-se que laços que nunca serão quebrados.
Após a apresentação do documentário,
Orfei foi ao picadeiro receber as homenagens dos amigos e parentes.
O cerimonial leu o seguinte texto. -
“Crianças, o circo nasceu, vive e viverá sempre por vocês. Este é o legado
deste homem, Orlando Orfei, agora eternizado pelo documentário que narra um
pouco de sua trajetória. Em nome dele, gostaríamos de agradecer a Herta Orfei,
seu eterno amor, a Marcos Frota que um dia voou no trapézio e se apaixonou pelo
circo, A Sylas Andrade que teve e coragem de sintetizar a vida de Orfei, em 85 minutos. Como ele diz, teria conteúdo para produzir mais dois
filmes. À família, aqui presente, às filhas Isabella e Maurizia, aos netos
Charlote, Rafael e Orlando, aos eternos amigos, Antônio Moura, Sandra Avelar,
Dina Forlani. 40 anos de amizade. Aos filhos ausentes, Alberto, Mário, Viviane e
Gabriela. Enfim, a todos vocês, que tornaram este sonho, realidade, o nosso
muito obrigado”-.
Marcos Frota fez questão de apresentar
três números do seu espetáculo. Malabares, trapézio e equilíbrio, provocaram um
sentimento de nostalgia, e foram elogiados pelo mestre dos picadeiros.
A
alegria contagiante deste amigo dos circos, começa ainda em Guaxupé - MG, sua
terra natal, quando por ali passavam os circos. O que para um garoto normal
poderia ser apenas um sentimento passageiro, tornou-se realidade para Frota,
que, segundo o ator, incentivou o autor da Novela Cambalacho (1993), Ivani
Ribeiro, a criar o papel de Tonho da Lua, E para interpretar o personagem,
Marcos teve que aprender trapézio. Esse amor é antigo: - O teatro, a televisão e o cinema constituem minha
profissão, meu ofício. O circo é meu exercício de cidadania, minha contribuição
à continuidade dessa arte milenar em meu país, diz Frota em entrevista à
revista cubana, Prensa Latina. 25 anos separam a estreia do Grande Circo Popular do Brasil, no
MAM – Museu de Arte Moderna no Rio, da atual Universidade do Circo, um dos
circos mais organizados da atualidade.
Pipoca e refrigerantes não poderiam
faltar e foram distribuídos aos convidados.
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